Férias Pagãs

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About this book

Se você tem interesse pela história clássica – especialmente pelos aspectos mais humanos, sócio-econômicos e religiosos deste período – ou gosta de relatos de viagem pessoais e bem-humorados, não pode deixar de ler Férias pagãs – na trilha dos antigos turistas romanos, de Tony Perrottet. O escritor australiano, radicado em Nova York, explora um feito menos conhecido – mas não menos extraordinário – da civilização romana, responsável pela construção de estradas pavimentadas e de aquedutos e pelos fundamentos do direito: a invenção da primeira indústria do turismo. Em Férias pagãs, Perrottet refaz o caminho que os antigos romanos costumavam percorrer quando saíam pelas terras do Império em busca de aventuras, dando origem ao turismo como hoje o conhecemos. Roma, Nápoles, Grécia e as ilhas do mar Egeu, a terra de Cleópatra; Perrottet revela que o roteiro turístico romano favorito continua sendo a trilha mais concorrida da terra e, ao escolher o caminho mais percorrido, o escritor apresenta um olhar inspirado e hilariante sobre o turismo antigo e moderno. Formado em história pela Universidade de Sydney, Perrottet descobriu essa Rota 66 da Antiguidade, quando, ao fazer uma pesquisa na Biblioteca Pública de Nova York, "esbarrou" no mais antigo guia de viagem de que se tem notícia: Descrição da Grécia, escrito por Pausânias no século II d.C. O livro descreve uma viagem de turismo pela Grécia Continental. Pausânias visitou anteriormente diversos locais da Ásia Menor e da Palestina, o Egito, Bizâncio, Roma e o sul da Itália, mas dessas viagens fez apenas breves menções. Observador e curioso, Pausânias interessava-se não só por templos, monumentos e obras de arte, mas também por dados geográficos, história, mitos e costumes dos locais que visitava. Apesar de ter ficado intrigado com a possibilidade de recriar esse tour, Perrottet sempre preferiu os roteiros mais exóticos: Tanzânia, a Amazônia colombiana e o interior da Índia. Para Perrottet, essa era a única maneira de lidar com a explosão do turismo moderno, que havia transformado todos os lugares sagrados do saber tradicional greco-romano em um circo. No entanto, querendo aproveitar a oportunidade de fazer uma última expedição com Lesley – sua namorada grávida de três meses – antes que as vidas dos dois mudasse para sempre, Perrottet partiu em busca de viver o ditado "em Roma como os romanos" ao pé da letra. O escritor usou como guia, além dos relatos de Pausânias e de outros pioneiros do turismo, um mapa que havia sido encomendado pelo herói de guerra Marco Agripa, durante o reinado do imperador Augusto. A versão original do Mapa de Agripa, como ficou conhecido, tinha 18 metros de largura por nove metros de altura. Pela primeira vez na história, uma população tinha o mundo (Europa, África e Ásia, os três continente conhecidos) exposto diante de si como numa tela de cinema. Era possível localizar facilmente um lugar famoso, como as ruínas de Tróia ou as pirâmides do Egito, e também determinar a que distância ficava de Roma e qual era a melhor rota de viagem para chegar até lá. O mapa era de uma precisão sem precedentes e trazia uma mensagem muito clara: planeje suas férias agora! E foi isso que Perrottet e a namorada fizeram. Eles viajaram de Roma até o Egito por muitas das rotas usadas pelos escritores Horácio e Plínio, e o príncipe Germânico César, que explorou o Grand Tour romano, entre 17 e 19 d.C., ao lado da mulher, Agripina, e o filho Caio (que viria a se chamar Calígula mais tarde), de apenas cinco anos. Além de explorar um mundo há muito perdido – os costumes, tradições e personalidades da época – e a cultura do turismo que se estruturou em volta dele, os depoimentos de Perrottet são acompanhados por reproduções de testemunhos dos primeiros turistas da história e por ilustrações e fotografias que fazem deste livro uma grande aquisição para qualquer biblioteca. Assim como os excursionistas do século XXI, os romanos que percorriam as regiões saturadas de magia e mito do Mediterrâneo eram carregados para cima e para baixo por guias turísticos profissionais e entretidos por sacerdotes de caráter duvidoso. Os religiosos cobravam alto para dar aos spectarores um vislumbre do cabelo de uma Górgona, do crânio de um ciclope ou da espada de Ulisses. Em geral, as viagens tinham duração de dois a cinco anos. Os viandantes hospedavam-se em estalagens de beira de estrada; reclamavam de colchões duros e do mau serviço; comiam em restaurantes que não inspiravam confiança; embebedavam-se em tabernas cheias de fumaça e escreviam poemas a respeito de suas ressacas. Qualquer semelhança com os dias de hoje, como prova Perrottet, não é mera coincidência. Com Férias pagãs, o leitor tem entretenimento e erudição sem precisar gastar rios de dinheiro com passagens aéreas, divididas em dez vezes no cartão de crédito; sem ser capturado por hotéis mediterrâneos que são verdadeiras armadilhas para turistas; sem arriscar-se na hora de alugar um carro, que foi fabricado na Rússia quando ela ainda fazia parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; ou ter que desviar de ataques terroristas no Egito. Mas para os que acham imprescindível vivenciar pessoalmente as emoções de explorar terras desconhecidas, como Perrottet e os antigos exploradores romanos, Férias pagãs – na trilha dos antigos turistas romanos é o companheiro de viagem ideal. História do Brasil / Turismo e Viagens

Book Details

ISBN13 9788532519122
ISBN10 8532519121
Pages 413
Language PT
Import Source Skoob
Created At January 30, 2025
Updated At July 29, 2025

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