Felicidades

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"Felicidades!" Era isso que se costumava dizer aos amigos para cumprimenta-los pelo aniversário. A palavra, hoje em desuso, é retomada por Paulo Puterman neste romance que descobre uma forma original e gentil de transformar a realidade em ficção. Ao longo de dois anos, o autor, sociólogo por formação, assistiu a cerca de duzentas festas de aniversário realizadas numa espécie de "templo de celebrações" existente em São Paulo – e a partir dessa experiência pôde narrar a história de uma advogada que, aos trinta anos, decide celebrar pela primeira vez a data de seu aniversário, cada pessoa tem a chance de alterar o traçado de seu destino e reiniciar. Eis a magia que se materializa na história de Camila R. A., essa paulistana que às vezes consegue dormir exatos dezessete minutos depois do almoço e não tira do carro o CD do Stevie Wonder (porque ela adora ouvir "Isn't she lovely").