No longe dos gerais

3.8
based on 34 ratings

About this book

Em maio de 1952, o escritor João Guimarães Rosa percorreu 240 quilômetros conduzindo uma boiada pelo interior de Minas Gerais. Aos 44 anos, voltava a mergulhar na paisagem e nos costumes da vida rústica. As anotações dessa viagem foram registradas em cadernetinhas, utilizadas para a escritura de 'Corpo de baile' e 'Grande sertão - veredas', ambos de 1956. Cinqüenta anos depois, o mineiro Nelson Cruz percorreu passo a passo as trilhas de Rosa. O resultado é este livro encantado, cujo fio condutor é o olhar de um menino, que leva o leitor a um verdadeiro 'batismo de boiada'. Por sua vez, a simplicidade das ilustrações recupera o espírito das cadernetinhas e o colorido das veredas. Saiu na Imprensa: O Estado de S. Paulo / Data: 2/8/2004Ilustrador refaz trilha de Rosa pelo sertão No Longe dos Gerais , de Nelson Cruz, apresenta ao leitor um ‘batismo da boiada’Karla DunderO escritor João Guimarães Rosa percorreu cerca de 240 quilômetros, em maio de 1952, conduzindo com uma boiada, com vaqueiros, pelo interior de Minas Gerais. Na época, Rosa fez um mergulho na paisagem e nos costumes da vida do campo. Tudo o que viu e viveu foi registrado e anotado em sua caderneta, que serviu como base para a criação de Corpo de Baile e Grande Sertão: Veredas . Agora, mais de 50 anos depois, o escritor e ilustrador mineiro Nelson Cruz refez essa trilha, percorreu todos os passos e caminhos seguidos por Rosa O resultado é o livro No Longe dos Gerais (Cosac & Naify, 56 págs.). O fio condutor dessa história é o olhar de um menino, que leva o leitor a percorrer o sertão e a conhecer um verdadeiro "batismo de boiada". As ilustrações merecem atenção especial, por resgatar o estilo das cadernetas de Rosa. "A imagem de Rosa sobre uma mula percorrendo um sertão verde nunca saiu da minha mente, desde que conheci os personagens Manuelzão e Miguilim ainda adolescente", lembra o Cruz. Com o apoio da editora, o escritor dedicou cerca de quatro meses de pesquisa em bibliotecas e em viagens para reconhecer o trajeto que resta da boiada. "Tirei muitas fotos, conversei com pessoas que presenciaram as passagens dos vaqueiros, e fiz uma descoberta: um menino participou de uma parte do percurso. Fui atrás de seus familiares, ao Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo pesquisar nas cadernetas de Rosa e cheguei até o Nilson. Aí, decidi usar como narrador um menino anônimo, de certa forma como ocorreu com Nilson”. Hoje, o sertão de Guimarães Rosa não é mais o mesmo. A indústria mudou a paisagem, a flora e a fauna da região, a urbanização trouxe estradas e muito asfalto. "O sertão está dentro de nós, fico com as palavras e lembranças das pessoas que moram ali, dos vaqueiros e deixo um registro da nossa identidade, algo que não podemos deixar morrer." Uma boa reflexão para os jovens leitores sobre História e por que não, pensar a sobre os efeitos da globalização?

Book Details

Pages 56
Language PT
Import Source Skoob
Created At February 1, 2025
Updated At April 18, 2025

Community Reviews

Write a review

No reviews yet. Be the first to review this book!