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A Leitora do Alcorão
About this book
Diante de toda a influência da grande mídia, não é difícil imaginar a dificuldade de aceitação familiar, e entre amigos, por que passa um ocidental ao escolher trilhar o caminho de Alá. No caso da protagonista da trama, G. Willow Wilson, pode-se dizer que foi uma tarefa ainda mais árdua e admirável conduzir o processo de conversão ao Islã. Além de se considerar ateia de berço, Willow levava antes uma vida confortável e com todas as regalias que poderia usufruir sendo uma jovem branca, norte-americana e de classe média. Da primeira tatuagem escrita em alfabeto árabe, passando pela oficial declaração de fé que todo muçulmano deve recitar ao levantar e antes de dormir a chahada até o primeiro experimento do jejum durante o mês sagrado do Ramadã, no calendário islâmico, a jovem sabia que levaria tempo para aprender a viver sem os suportes sociais da cultura a que estava habituada. A experiência de Willow traz a narrativa de uma inusitada descoberta e concepção da fé, de como a vida religiosa foi absorvida no seu cotidiano e se misturou a um sentimento amoroso pelo muçulmano Omar, seu guia , despertado em um território até então hostil e incógnito: o Egito. Despida de preconceitos, e disposta a mergulhar nesse universo que parecia não deixá-la mais escapar, a jovem tem de, cada vez mais, abrir mão dos seus direitos como cidadã norte-americana para viver dentro das convenções do Egito. Estereótipos são desfeitos a partir do momento em que surgem exceções; e reafirmam-se logo depois: apesar de Willow compreender Omar e sua família como exceções e manter um bom relacionamento, ela sentia um desconforto toda vez que presenciava situações constrangedoras e conflitantes entre seus novos amigos e familiares muçulmanos e seus amigos ocidentais. Era comum ver seus conterrâneos se comportarem de forma preconceituosa naquele país, mas isso não tornava fácil assumir uma posição. Em cada caso, sendo metade norte-americana e metade muçulmana, também metade de sua própria essência era colocada em jogo e seu maior medo e desafio era ser forçada a optar por uma vida e abandonar completamente a outra. Conhecido como a 2ª maior religião do mundo e em permanente crescimento , o islã alcança cerca de 1,3 bilhão de adeptos em três continentes, sendo a maioria proveniente de povos não-árabes. Entre diversos livros e artigos já publicados ao longo dos anos, sobre a conturbada relação entre o mundo muçulmano e o Ocidente principalmente após os atentados às Torres Gêmeas no fatídico 11 de setembro de 2011, em Nova York , o termo choque de civilizações se solidificou e sustenta a imagem de que os muçulmanos constituem uma ameaça latente ao mundo ocidental: No Oriente Médio, há sempre algo prestes a acontecer. Passando dos Estados Unidos ao Egito e Irã, e retornando ao país de origem, este livro permite uma curiosa viagem à cultura islâmica, a partir dos olhos de quem conheceu e abraçou sua filosofia de vida e seus costumes de perto. No seio da família egípcia, é possível ver a beleza do país, e nele surge a esperança de superação e conciliação das barreiras culturais.Biografia, Autobiografia, Memórias / Literatura Estrangeira / Religião e Espiritualidade
Book Details
ISBN13 | 9788532526427 |
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Pages | 320 |
Language | PT |
Import Source | Skoob |
Created At | February 3, 2025 |
Updated At | April 18, 2025 |