A morte do turista

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Na agência de detetives, um novo trabalho se apresenta. O magnata James Sperling estava decidido a salvar a filha de um destino, para ele, pior que a morte: um namorado membro disfarçado do Partido Comunista Americano. Para provar tal ligação com os "vermelhos" e acabar de vez com o romance, o pai contava com a astúcia do infalível Nero Wolfe. O caso prometia solução simples, mas acabou em crime de morte e envolvendo Wolfe numa enrascada dos diabos.Escrito pelo mestre dos romances de mistério Rex Stout, "A Segunda Confissão" (Companhia das letras) é mais uma das muitas aventuras do detetive bom de garfo, gordíssimo e de péssimo humor, Nero Wolfe. Em mais de 70 histórias protagonizadas por ele aparece pela primeira vez no romance Serpente, em 1934 -, o detetive nunca perdeu um caso e nem a oportunidade de mandar criminosos para o xilindró. Já Rex Stout, enquanto ficava famoso com seus livros de mistérios, participou de movimentos políticos, como a causa antinuclear. Mal se aqueceu para o trabalho e Nero Wolfe deparou-se com um imprevisto complicador: o alvo de sua investigação, o jovem advogado Louis Rony, foi assassinado dentro da propriedade dos elegantes Sperling. O caso, então, muda de rumo. Desafiado, ele agora quer descobrir quem matou o namorado indesejado. Para desfazer o nó cego da investigação que, entre outras coisas, ligava a vítima ao crime organizado de Nova York, ele tinha a valorosa ajuda do fiel escudeiro Archie Goodwin.O detetive que ama orquídeas raras também amarra a cara, grunhe, impacienta-se, dá lá suas patadas. Ao cliente desesperado pelo rumo da investigação, Wolfe anunciou: "É possível que o senhor se arrependa de ter me conhecido". Afinal, doa a quem doer, ele vai até o fim para desmascarar o culpado. Fazendo jus à fama, ele monta o quebra-cabeças e joga farofa no ventilador em reunião geral com os suspeitos. Findo o mistério, ele poderia voltar ao seu rosbife e ao seu viveiro de flores, claro, até que um novo caso interrompesse a rotina.